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Matéria Lancenet

 

O volante Pierre irá fazer uma cirurgia na noite desta sexta-feira para tentar curar uma fascite plantar (inflamação) no pé direito. O jogador, que deverá ficar cerca de três meses fora da equipe do Verdão, concedeu coletiva na Academia de Futebol. Visivelmente chateado com a lesão, o camisa 5 afirmou que chegou no seu limite de aguentar a dor.

Antes de decidir fazer uma intervenção cirúrgica, Pierre já havia tentado outros tipos de tratamento para sanar a dor na sola do pé. Fisioterapia, tratamento por ondas de choque e aplicação de sangue - PRP (Plasma Rico em Plaquetas) - foram algumas das tentativas da comissão técnica alviverde.

- Tudo que podia fazer foi feito, fiquei praticamente um período em repouso, mas é uma dor que me limitava bastante. Cheguei ao meu limite. Em vez de insistir, é melhor se transparente. Conversando com a comissão técnica, entramos em um acordo e nos restou essa cirurgia. Espero voltar sem dor e render tudo que rendi em 2007, 2008 e 2009 - disse o jogador.

Pierre admitiu que passou muito tempo aguentando as dores no pé para o bem do clube. Apesar de afirmar que alguns momentos foram mais difíceis que outros, ele usou um ditado para explicar a sua situação.

- Passa mil coisas na cabeça do atleta. Primeiro o incômodo de não render o que sempre rendi, isso vinha me incomodando há tempos. Depois da lesão, veio o banco de reservas. Passa milhares de coisas. Procuro buscar força em Deus, que está no controle da situação. Eu tenho um ditado de que o é "O valente se cansa, mas nunca desiste." Eu não vou desistir novamente, tenho certeza que vou voltar e superar - concluiu.

O médico da equipe, Vinícius Martins, explicou que a lesão do camisa 5 é rara. Ele admitiu que pediu a opinião de outros médicos antes de tomar a decisão de operá-lo.

- Estou há 15 anos no Palmeiras e nenhum atleta foi operado por este tipo de patologia. Conversamos com colegas de Santos, São Paulo e Corinthians. Realmente a patologia é muito rara. Ele não está tendo melhoras, apesar do intensivo tratamento com palmilhas, PRP, corticóide, fisioterapia, terapia com ondas de choque. Foi tentado todos os recursos para evitar a cirurgia, mas não foi eficiente - finalizou.